Agora que caminho

06-04-2022

Agora que me sento à sombra de um pinheiro, numa mata a poucos metros de casa, com o corpo rejuvenescido de uma caminhada, percebo, ou quero perceber, que a natureza, seja a nossa seja a do envolvente, é resposta para grande parte do caos e da ilusão da mente. São muitos os momentos em que me envolvo em casa, numa confusão tal, em pensamentos turbulentos e labirínticos, quando tenho a impressão que estas caminhadas de que vos falo, tão fáceis e à distância da coragem de sair, nos ajudam muito, que dinamizam algo, uma força serena leve, uma respiração mais folgada, e então a vida é mais fácil Não sei se estas chegam para ser feliz, tenho aliás a impressão que ser feliz mesmo feliz ou é a constatação da lucidez, uma felicidade do pensamento e intelectual que não tem nada de mal, ou é a felicidade da mente de criança, também ela simples, mas o que é certo é que ajudam a levar a vida, a levar a vida enquanto depois se constrói algo mais: isto é se nós podemos construir algo de facto que se aproxime à harmonia, isto é se nós não temos é de desconstruir, seja lá de que maneira for, a educação castradora que penso ter sido aquela que nos retirou a todos de uns primeiros anos de existência plenos, alegres, inexplicáveis Mas bem, para já fiquem com esta pequena sugestão, sugestão essa que é um início, e nós precisamos sempre de inícios, de sucessivos inícios 

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