O lixo não existe!

Bem, meus caros amigos, hoje gostaria de vos falar de um tema que me parece fulcral nos tempos que correm: o tema do suposto "lixo"
Sim, talvez possa parecer, à primeira vista, um tema pouco relevante, mas peço-vos que atentem só um bocadinho à cerca destas temáticas, e que permitam, assim, que ideias erróneas, dogmáticas, primitivas, sejam desmontadas, transformadas, alquimiadas, e que, assim, possamos prosseguir, progredir, acordar, possamos seguir em frente nesta grande festa que é a criação
Comecemos então pelo início
Atualmente, a humanidade defronta-se com um dos maiores desafios de que há memória: a problemática da destruição maciça do ecossistema que nos rodeia, a destruição, ao fim ao cabo, de si própria. Amigos, não creio que possamos deixar que isto seja possível: o Homem é primitivo, mas não tanto
Defrontámo-nos com a problemática da poluição dos oceanos, da atmosfera, da existência de aterros atulhados, escondidos, como quem esconde debaixo do tapete, lá bem longe do olhar, um problema evidente, e muitos outros que não vou evidenciar porque o interesse aqui é falar sobre uma temática específica. A meu ver todos estes problemas advêm da falta de consciência global, a consciência primitiva da humanidade que se reflete em tudo.
Há uns anos, quando ainda na escola primária, fui introduzido ao tema da reciclagem. Ainda que existisse um problema latente, já existia também uma solução embrionária que começava a despontar. Só recentemente percebi a grandeza do que implica a reciclagem, quais são os princípios fundamentais desta, que são bastante semelhantes aos da alquimia, são um milagre. À luz da célebre frase " Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" percebemos que na realidade não há, nem pode haver, lixo, algo descartável, e que tal visão é totalmente desprovida de lógica e consciência, que enquanto continuarmos a esconder, a adiar, a pôr de lado, só estamos a agravar o problema, e as consequências podem ser devastas.
Também o plástico é natureza, como disse nada é lixo, mas o tempo de transformação do plástico é de aproximadamente 400 anos, e o papel, por exemplo, é de 3 a 6 meses. Será que temos esse tempo, 400 anos, quando atualmente se produz a um ritmo verdadeiramente eletrizante, quando os problemas, pela sua urgência, tem de ser encarados hoje?
Não se pense que aqui falamos somente do ambiente, de algo "exterior", de pouca relevância porque as nossas vidas continuam, porque o estado do exterior afeta diretamente, diariamente, o nosso estado de vida
Em todo o universo nada é lixo, nada é ao acaso, e por isso pergunto-me: teremos nós a coragem de mudar radicalmente de paradigma, de construir uma sociedade sustentável a todos os níveis, de renovar, reaproveitar, reutilizar, tudo, sem exceção?
Só o tempo o dirá
Um bem hajam
Coragem!