Saúde

02-11-2023

Encontro-me sentado no piso -2 da minha faculdade, num dia de chuva. 

Por alguma razão, não queria estar aqui, queria estar em casa, à vontade, no meu ambiente, mas o meu dever chama-me, tenho uma aula daqui a pouco, e então cá estou. Enquanto escrevo isto vou afastando negatividade, várias perguntas sem sustento, e reflito sobre a impermanência: deu-me para isto! 

Todos nós, a partir de uma determinada idade, temos de arranjar uma maneira só nossa de estar na vida, uma estrutura, e uns conseguem-no mais facilmente e outros são mais errantes, gostam mais de vadiar, são mais tardios. Eu já estive estável várias vezes, mas há uma parte de mim que gosta dessa inconstância, como um poeta, apesar de acarretar sofrimento... 

Contudo, vejo que é todavia loucura parte desta tendência para um andar em circulo e se debruçar sobre si mesmo, que excesso de pensamentos é mau, que a saúde é uma coisa sagrada, apesar de rara. Quando somos jovens não achamos nada disso, associamos saúde a algo que é uma "seca", a repressão, a coisas pouco reais, que tenham pouco a ver connosco, mas com alguma maturidade percebemos que ela é a base de tudo, e que não é má, que tem valor, nós só não o vemos porque ainda não é hora para tal. 

Outra coisa que está relacionada com o crescimento, que é basicamente sobre o que se está a falar neste texto, e que eu gostava de explanar, é sobre fazermos aquilo que a nossa consciência nos dita, o que está certo, coisa que nos liberta muito. Por outro lado, quando não o fazemos, retrocedemos ou contemos o nosso avanço, sentimo-nos mal, há um certo desconforto... Eu já tive a minha cota parte disso, e como tal sempre que me equivoco, e ainda vai acontecendo, só quero voltar para a ordem. 

Neste texto que é sobre nada, ou que é sobre crescer, em que eu não venho dizer grandes coisas, só coisas pequenas com relativa importância, já consegui tomar conclusões, ganhar algum alento, e é isso que precisamos sempre que lemos ou escrevemos, de alento. 

 Agora digam-me lá: não existe justiça no mundo? Não existem coisas boas, valores? Então porque é que dentro de nós temos uma coisa que aponta sempre para o certo, como um ponteiro, 

porque nos queixamos tanto e aceitamos tão pouco? É como disse em cima, vou à aula, e ao fazer o que está certo tudo está certo 

Enfim, estamos todos nisso, neste crescimento. Bem hajam.

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